Os dois vasos
Uma velha senhora possuía dois grandes vasos.
Cada vaso era suspenso na extremidade de uma vara que ela carregava às costas.
Um dos vasos era rachado e o outro era perfeito. Este último estava sempre cheio de água ao fim da longa caminhada da nascente do rio até à casa; enquanto que o rachado chegava a casa meio vazio.
Durante muito tempo as coisas foram acontecendo assim.
A senhora chegava a casa sempre com um vaso cheio e outro meio de água.
O vaso perfeito orgulhava-se naturalmente do bom resultado, enquanto o pobre do vaso rachado tinha vergonha do seu defeito, pois fazia só metade daquilo que deveria fazer.
Dois anos depois, o vaso rachado assumindo a própria derrota, durante o caminho falou com a senhora:
- Tenho vergonha de mim mesmo, porque esta rachadura que eu tenho, faz-me perder metade da água durante o caminho até chegar a casa.
A velhinha sorriu e falou:
- Tu ainda não reparaste nas lindas flores que tens do teu lado à beira do caminho? E a velha continuou...
Eu sempre soube do teu defeito e portanto semeei sementes de flores do teu lado, e quando regressávamos a casa tu as regavas sem saberes.
Durante dois anos pude recolher essas belíssimas flores para enfeitar a casa e oferecer a amigos. Se tu não fosses como és, eu não teria aquelas maravilhas em minha casa.
(autor desconhecido)
Ninguém é perfeito, cada um de nós tem os seus próprios defeitos.
Mas o defeito que cada um de nós tem, é que faz com que a convivência seja interessante e gratificante.
É preciso aceitar cada um de nós pelo que é e descobrir o que tem de bom.
"Defeitos do meu amigo...lamento mas não maldigo".
ditado popular
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