Deus criou o homem porque adora histórias. (E.Wiesel)
Espalhe amor por onde quer que vá : Primeiro que tudo na sua própria casa. Dê amor aos seus filhos, à sua esposa ou ao seu marido, ao vizinho do lado... Não deixe que alguém saia junto de si sem ir melhor e mais feliz. Seja a expressão viva da bondade de Deus ; bondade no seu rosto, bondade nos seus olhos, bondade no sorriso, bondade na sua saudação calorosa.
(Madre Tereza)


quinta-feira, 4 de maio de 2017

A escola dos bichos
Rosana Rizzuti
Conta-se que vários bichos decidiram fundar uma escola. Para isso reuniram-se e começaram a escolher as disciplinas.
O Pássaro insistiu para que houvesse aulas de vôo.
O Esquilo achou que a subida perpendicular em árvores era fundamental.
E o Coelho queria de qualquer jeito que a corrida fosse incluída.
E assim foi feito, incluíram tudo, mas… cometeram um grande erro. Insistiram para que todos os bichos praticassem todos os cursos oferecidos.


O Coelho foi magnífico na corrida, ninguém corria como ele. Mas queriam ensiná-lo a voar.
Colocaram-no numa árvore e disseram: “Voa,Coelho”. Ele saltou lá de cima e “pluft”… coitadinho! Quebrou as pernas. O Coelho não aprendeu a voar e acabou sem poder correr também.
O Pássaro voava como nenhum outro, mas o obrigaram-no a cavar buracos como uma toupeira.
Quebrou o bico e as asas, e depois não conseguia voar tão bem, e nem mais cavar buracos.
Sabe de uma coisa?
Todos nós somos diferentes uns dos outros e cada um tem uma ou mais qualidades próprias dadas por DEUS.
Não podemos exigir ou forçar para que as outras pessoas sejam parecidas connosco ou que tenham as nossas qualidades.
Se assim agirmos, acabaremos fazendo com que elas sofram, e no final, elas poderão não ser o que queríamos que fossem e ainda pior, elas poderão não mais fazer o que faziam bem feito.
Respeitar as diferenças é amar as pessoas como elas são.

sexta-feira, 28 de abril de 2017

O Vendedor de Balões
Era uma vez um velho homem que vendia balões numa feira.
O homem, que era um bom vendedor, deixou um balão vermelho soltar-se e elevar-se nos ares, atraindo, desse modo, uma multidão de jovens compradores de balões.
Havia ali perto um menino negro que observava o vendedor e, é claro, apreciava os balões. Depois de ter soltado o balão vermelho, o homem soltou um azul, depois um amarelo e finalmente um branco. Todos foram subindo até desaparecerem de vista.
O menino, de olhar atento, seguia cada um e ficava imaginando mil coisas… Mas havia uma coisa que o aborrecia: o homem não soltava o balão preto.
Então o menino aproximou-se do vendedor e perguntou-lhe: – Se o senhor soltasse o balão preto, ele subiria tanto quanto os outros? O vendedor de balões sorriu compreensivo.
Rebentou então a linha que prendia o balão preto e enquanto ele se elevava nos ares disse:
– Não é a cor, filho, é o que está dentro dele que o faz subir.


(...)" interessa apostar na “realização de uma civilização onde reine a solidariedade, fundada no reconhecimento de que todos somos membros de uma única família humana, independentemente das diferenças de cultura, cor da pele ou religião”.  Papa Francisco

"Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor da sua pele, pela sua origem ou ainda pela sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar".

sábado, 22 de abril de 2017

Abrindo a Porta
Numa terra em guerra, havia um rei que causava espanto.
Cada vez que fazia prisioneiros, não os matava, levava-os a uma sala, que tinha um grupo de arqueiros em um canto e uma imensa porta de ferro do outro, na qual haviam gravadas figuras de caveiras.
Nesta sala ele os fazia ficar em círculo, e então dizia:
– Vocês podem escolher morrer flechados por meus arqueiros, ou passarem por aquela porta e por mim lá serem trancados.
Todos os que por ali passaram, escolhiam serem mortos pelos arqueiros.
Quando terminou a guerra, um soldado que por muito tempo servira o rei, disse-lhe:
Senhor, posso fazer-lhe uma pergunta?
– Diga, soldado.
– O que havia por trás da assustadora porta?
– Vá e veja.
O soldado então a abre vagarosamente, e percebe que à medida que o faz, raios de sol vão adentrando e clareando o ambiente, até que totalmente aberta, nota que a porta levava a um caminho que sairia rumo a liberdade.
O soldado admirado apenas olha para o seu rei que diz:
Eu dava-lhes a escolher, mas preferiram morrer a arriscar abrir esta porta.


Quantas portas deixamos de abrir pelo medo de arriscar ?
Quantas vezes perdemos a liberdade, apenas por sentirmos medo de abrir a porta de nossos sonhos?

A porta é um objeto muito importante do nosso dia-a-dia. Ela é uma via de acesso que nos permite entrar e sair dos mais diversos lugares. Sem ela, as nossas vidas seriam muito difíceis e limitadas. A palavra “porta” também pode ser usada em sentido metafórico, por exemplo, quando dizemos que “uma porta se abriu para mim”. Nesse contexto, tem como significado “oportunidade”.
Disse Jesus:
" Eu sou a porta. Qualquer pessoa que entrar por mim, será salva.Entrará e sairá, e encontrará pastagem." João 10:9

quinta-feira, 20 de abril de 2017

De Passagem
Um viajante chegou a uma humilde cabana, onde se dirigiu pedindo água e pousada. Quando chegou, foi recebido por um monge que lhe ofereceu acolhimento. Ao reparar na simplicidade da casa e, sobretudo, na ausência de mobília, curioso indagou:
– Onde estão os teus móveis?
– Onde estão os teus? – devolveu o monge.
– Estou aqui só de passagem – respondeu o andarilho
– Eu também…


Bento XVI afirmou:
"A via é uma espera contínua e atenta, uma peregrinação rumo à vida eterna, o cumprimento final que dá sentido e plenitude ao nosso caminho terreno.
Misteriosamente associados à paixão de Cristo, podemos fazer da nossa existência uma oferta apreciada pelo Senhor, um sacrifício voluntário de amor.
Estamos neste mundo de passagem, mas recebemos a promessa de uma herança que não se corrompe, não se mancha e não se deteriora".



terça-feira, 18 de abril de 2017

A coragem de enfrentar os medos

Diz uma antiga fábula que um ratinho vivia angustiado com medo do gato.
Um mágico teve pena dele e transformou-o num gato. Mas aí ele ficou com medo do cão, por isso o mágico o transformou em pantera.
Então ele logo começou a temer os caçadores.



Então nessa altura o mágico desistiu. Transformou-o em ratinho novamente e disse:
– Nada que eu faça por você vai ajudá-lo, porque você tem apenas a coragem de um ratinho. É preciso coragem para romper com o projeto que nos é imposto. Mas saiba que coragem não é a ausência do medo, é sim a capacidade de avançar, apesar do medo; caminhar para frente e enfrentar as adversidades, vencendo-as…


O papa diz:
"Sejam cristãos corajosos, ancorados na esperança e capazes de suportar momentos difíceis. A coragem de ir avante deve ser a nossa atitude diante da vida, como os que treinavam no estádio para vencer. “Os cristãos preguiçosos, os cristãos que não têm vontade de ir avante, os cristãos que não lutam para fazer as coisas mudarem, coisas novas, coisas que fariam bem a todos se mudassem. São os preguiçosos, os cristãos estacionados: encontraram na Igreja um belo estacionamento. E quando digo cristãos, digo leigos, padres, bispos… Todos. E como existem cristãos estacionados! Para eles, a Igreja é um estacionamento que protege a vida e vão adiante com todas as garantias possíveis. Mas esses cristãos parados fazem-me lembrar uma coisa que os nossos avós diziam quando éramos crianças: ‘Fique atento porque água parada, que não corre, é a primeira a se corromper’”. Papa Francisco


segunda-feira, 17 de abril de 2017

Os Sete Sábios

Sete sábios, cada um de uma religião, discutiam qual deles conhecia, realmente, a verdade.
Um rei muito sábio que observava a discussão aproximou-se e perguntou:
– O que é que vocês estão discutindo?
– Estamos tentando descobrir qual de nós é dono da verdade.
Ao escutar isso, o rei, imediatamente, pediu a um dos seus servos que levasse sete cegos e um elefante até ao seu castelo. Quando os cegos e o elefante chegaram ao palácio, o rei mandou chamar os sete sábios e pediu-lhes que observassem o que aconteceria a seguir.
O sábio rei pediu aos cegos que tocassem o elefante e o descrevessem, um de cada vez.

O primeiro cego tocou a tromba do elefante e disse:
– É comprido, parece uma serpente.
O segundo tocou-o no dente e disse:
– É duro, parece uma pedra.
O terceiro segurou-lhe o rabo e disse:
– É cheio de cordinhas.
O quarto pegou na orelha e disse:
– Parece um couro bem grosso.
E assim, sucessivamente, cada cego descreveu o elefante de acordo com a parte dele que estava tocando.
Quando todos terminaram de descrever o animal, o rei perguntou aos sete sábios:
– Algum desses cegos mentiu?
– Não! – responderam os sábios em coro – Todos falaram a verdade.
Então, o rei perguntou:
– Mas algum deles disse realmente o que é um elefante?
– Não, nenhum cego disse o que é um elefante, mesmo porque cada um tocou apenas uma parte dele – disse um dos sábios.
– Vocês, sábios, que estão discutindo quem é dono da verdade, parecem cegos. Todos estão a falar a verdade, mas, como os sete cegos, cada um se refere apenas a uma parte dela – disse o sábio rei, concluindo:
– Ninguém é dono da verdade, porque cada um a vê de ângulo diferente…


Ninguém é dono da verdade

O papa afirmou numa das suas catequeses que «ninguém é dono da verdade» e estimulou os católicos a seguirem o exemplo da evangelização feita por S. Paulo, que foi um «construtor de pontes» e não de «muros».
«A verdade não entra numa enciclopédia. A verdade é um encontro; é um encontro com a Suma Verdade: Jesus, a grande verdade. Ninguém é dono da verdade. A verdade recebe-se no encontro», disse Francisco, citado pelo portal de notícias da Santa Sé.
À imagem de Cristo, «que falou com todos», o cristão que anuncia o Evangelho deve «escutar todos», tendo presente que a Igreja “não cresce com proselitismo”, mas pela «atração, pelo seu testemunho, pela sua pregação».
«Os cristãos que tem medo de fazer pontes e preferem construir muros são cristãos inseguros da própria fé, não seguros de Jesus Cristo», frisou Francisco na missa a que presidiu na Casa de Santa Marta.

sexta-feira, 14 de abril de 2017

Os dois videntes

Pressentindo que o seu país em breve iria mergulhar numa guerra civil, o sultão chamou um dos seus melhores videntes, e perguntou-lhe quanto tempo ainda lhe restava de vida.
– Meu adorado mestre, o senhor viverá o bastante para ver todos os seus filhos mortos.
Num acesso de fúria, o sultão mandou imediatamente enforcar aquele que proferira palavras tão aterradoras. Então, a guerra civil era realmente uma ameaça!
Desesperado, chamou um segundo vidente.
– Quanto tempo viverei? – perguntou, procurando saber se ainda seria capaz de controlar uma situação potencialmente explosiva.




– Senhor, Deus lhe concedeu uma vida tão longa, que ultrapassará a geração dos seus filhos, e chegará a geração dos seus netos.
Agradecido, o sultão mandou recompensá-lo com ouro e prata.
Ao sair do palácio, um conselheiro comentou com o vidente:
– Você disse a mesma coisa que o adivinho anterior. Entretanto, o primeiro foi executado, e você recebeu recompensas. Porque?
– Porque o segredo não está no que você diz, mas na maneira como diz. Sempre que precisar disparar a flecha da verdade, não esqueça de antes molhar sua ponta num vaso de mel.

Pois é ...já dizia William Shakespeare:
"Seja o que for que você pense, deve dizê-lo com boas palavras"
Da mesma forma, as palavras são a única forma de comunicação, pois são acompanhadas por atitudes, gestos, posturas. Você pode dizer algo com a língua, e algo completamente diferente com o olhar e atitude em geral. Por isso aprender a comunicar é uma verdadeira arte.