Deus criou o homem porque adora histórias. (E.Wiesel)
Espalhe amor por onde quer que vá : Primeiro que tudo na sua própria casa. Dê amor aos seus filhos, à sua esposa ou ao seu marido, ao vizinho do lado... Não deixe que alguém saia junto de si sem ir melhor e mais feliz. Seja a expressão viva da bondade de Deus ; bondade no seu rosto, bondade nos seus olhos, bondade no sorriso, bondade na sua saudação calorosa.
(Madre Tereza)


sábado, 11 de março de 2017

Um modo de hospitalidade

Dois comerciantes correspondiam-se sem se conhecer pessoalmente.
Um vivia em Benares, e o outro numa remota aldeia na fronteira.
O comerciante rural enviou uma grande caravana a Benares, com quinhentas carroças carregadas com frutas, legumes e outros produtos, recomendando aos seus empregados que vendessem todos os produtos com a ajuda do seu amigo em Benares.
Quando chegaram à grande cidade, foram diretamente procurar o comerciante. Entregaram-lhe os presentes que o seu amo enviou. Contente, o comerciante de Benares ofereceu-lhes hospedagem em sua própria casa e até lhes deu dinheiro para várias despesas.
Tratou-os com a melhor hospitalidade, perguntou sobre a vida do seu amigo e retribui-lhe os presentes.
Considerando que era mais fácil a uma pessoa da cidade adquirir melhores compradores para as mercadorias, ele cuidou pessoalmente que todos os produtos fossem vendidos a preços razoáveis. Os servos voltaram para casa e falaram com o seu amo tudo o que tinha acontecido.



Mais tarde o comerciante de Benares enviou uma caravana de quinhentas carroças para a aldeia de fronteira. Seus empregados também levaram presentes ao comerciante rural.
Quando chegaram ele perguntou:
- De onde é que vocês vêm ?
- Da casa do seu amigo comerciante de Benares!- responderam eles.
Recebendo os presentes, o comerciante rural riu-se de um modo pouco cortês e foi dizendo:
- Qualquer um pode dizer que vem do comerciante de Benares!
E despachando-os, não lhes deu nenhum lugar para ficar, nenhum presente, nem nenhuma ajuda, nada!.
Os servos então foram para o centro da cidade para a feira e fizeram o melhor que puderam para comercializar os produtos sem qualquer ajuda local.
De volta a Benares, contaram ao seu amo tudo aquilo que tinha acontecido.
Pouco tempo depois, o comerciante rural enviou outra caravana de quinhentas carroças a Benares. Novamente os seus empregados levaram presentes ao mesmo comerciante. Quando os servos do comerciante de Benares os viram vindo, disseram ao amo:
- Nós já vamos providenciar alojamentos satisfatórios, comida e dinheiro para a despesa destas pessoas.
Então levaram-os para fora dos muros da cidade, num bom lugar para acampar durante a noite e disseram-lhes que voltariam a Benares para preparar a comida e buscar dinheiro para a despesa deles.
Em vez disso reuniram-se com outros colegas, voltaram ao acampamento a meio da noite, roubaram as quinhentas carroças, inclusive a roupa dos aldeões, perseguiram os bois que puxavam os carros, e soltando-os, levaram as rodas dos veículos.
Os aldeões apavorados correram para casa rapidamente. Oh pernas para que vos quero!
Os servos do comerciante da cidade contaram tudo ao seu amo o que tinham feito.
Então ele disse:
- Os que esquecem a gratidão e ignoram a hospitalidade simplesmente recebem o que merecem. Os que não apreciam a ajuda, têm por resultado que ninguém os ajude!
(in as mais belas histórias budistas- adaptado)

Moral da história
« Se não ajudamos os outros, não podemos esperar que eles nos ajudem»

Hospitalidade
«Amar as pessoas, amar todas as pessoas, significa, antes de mais, acolher todas as pessoas que encontrares no teu caminho.
Significa: dares o teu coração, a tua casa, os teus bens, de tal forma que o outro não se sinta humilhado, mas possa aceitá-los como uma coisa natural, sem forçar nada. Tudo deve acontecer espontaneamente. 
Nunca aprenderás a hospitalidade nos livros. É uma atitude interior que leva a abrir-se e a partilhar as coisas. Pertence ao mistério de quem é verdadeiramente homem».
phil bosmans

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