Um enorme cepo de madeira ardia lentamente ao canto da lareira.
Entretanto, recordava o seu passado:
«No princípio, era apenas uma oliveira como as outras. Além de dar anos a fio muita azeitona os pássaros vinham abrigar-se nos meus ramos. A minha sombra era procurada para descanso de trabalhadores. Passaram os anos e comecei a sentir dificuldades: a seiva não atingia os ramos mais altos e por isso comecei a secar. Tornei-me numa velha oliveira que já não dava azeitona. Pouco a pouco fui secando até que me tornei num velho cepo.
Vieram os lenhadores e vim parar a esta lareira. Pegaram-me fogo e agora resta-me apenas dar calor a quem dele necessita».
O último pensamento do cepo foi este:
«Nasci para servir os outros. Por isso, morro tranquilo e feliz. No punhado de cinza fica a alegria de me ter dado completamente aos outros até ao fim»
O cepo de oliveira, mesmo sem falar como as pessoas, deixou perceber o seu pensamento a quem o contemplou a gastar-se lentamente, ao canto da lareira, até se dar totalmente aos outros.
Quem não vive para servir ...não serve para viver!
O papa Francisco numa das suas audiências citando o Apóstolo Tiago, que disse que a misericória sem obras está morta em seu isolamento.
- É exatamente assim! O que torna viva a misericórdia é o seu dinamismo constante de ir ao encontro de quem precisa e das necessidades de quem se encontra em dificuldade espiritual e material. A misericórdia tem olhos para ver, ouvidos para escutar e mãos para ajudar!
Servir para viver
De modo especial, o papa falou da importância do perceber o estado de sofrimento dos outros.
- Às vezes, passamos diante de situações dramáticas de pobreza e parece que estas não nos tocam; tudo continua como se nada fosse, numa indiferença que, no final, nos torna hipócritas e, sem perceber,acaba numa forma de letargia espiritual em que o ânimo se torna incensível e a vida, estéril.
Há gente que passa toda a vida sem nunca perceber as necessidades dos outros! - lamentou.
Lembrem-se bem:
Quem não vive para servir ...não serve para viver!
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