À beira daquela praia, havia sempre muitas estrelas-do-mar. Elas vinham na maré-alta e ficavam na areia. Quando a maré baixava, elas morriam na praia, por causa do calor do sol.
Um rapaz ficou sensibilizado com o drama das estrelas-do-mar, morrendo aos milhares na beira da praia. Todos os dias, quando a maré começava a baixar, aquele rapaz saía caminhando pela praia, pegava numa estrela-do-mar e atirava-a para a água. Depois outra... e todos os dias repetia o mesmo gesto salvando assim as estrelas-do-mar.
Entretanto, todas as manhãs um escritor passeava pela praia, olhando as ondas. Assim ele se inspirava e, à tarde ficava em casa a escrever.
Um dia, caminhando pela areia, ele observou os gestos do jovem e disse-lhe:
- Porque estás a fazer isso?
- Não vê que a maré baixou e o sol está muito forte? - respondeu o rapazito. Se estas estrelas ficarem aqui na areia vão secar ao sol e morrer!...
O escritor até até que achou bonita e louvável a intenção do garoto, mas sorriu e comentou:
- Só que existem milhares de quilómetros de praias por esse mundo fora, meu caro; centenas de milhares de estrelas-do-mar devem estar espalhadas por todas essas praias, trazidas pelas ondas. E tu aqui, a jogares umas poucas de volta ao mar, que diferença faz?
E o rapaz sorrindo, baixou-se pegou numa estrela-do-mar, mandou-a para longe, lá para o meio das ondas e disse:
- Olhe já salvei outra!
( O Amigo do Povo)
Tornar o mundo melhor e fazer dele um bom lugar para viver é uma missão diária e que nunca acaba. Antes de criticar as ações do próximo, o melhor caminho é ser o próprio exemplo. Não é necessário pensar globalmente, comece a mudança pelo que está perto de si, exatamente ao seu alcance, na sua casa, na sua rua e deixe que as suas próprias atitudes falem por si e influenciem todos ao seu redor.
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