Deus criou o homem porque adora histórias. (E.Wiesel)
Espalhe amor por onde quer que vá : Primeiro que tudo na sua própria casa. Dê amor aos seus filhos, à sua esposa ou ao seu marido, ao vizinho do lado... Não deixe que alguém saia junto de si sem ir melhor e mais feliz. Seja a expressão viva da bondade de Deus ; bondade no seu rosto, bondade nos seus olhos, bondade no sorriso, bondade na sua saudação calorosa.
(Madre Tereza)


quinta-feira, 14 de julho de 2011

É A MINHA CEBOLA

Segundo o pensamento de Theiard de Chardin (padre cientista) considera que no amor existem três estádios, isto é três modos da pessoa viver esse dinamismo a que chamamos amor.
Vamos hoje apenas concentrar-nos no primeiro modo - a pessoa vive centrada em si .
É o estádio próprio de um amor egocentrico, estado infantil, onde tudo gira em função " de mim e já". O exemplo caricato é a pessoa que fica chateada da vida e chateia toda a gente porque era ela que colocava flores na jarra de Nª Sª de Fátima, e agora houve alguém que também lá foi por flores, ou da pessoa que é ministra da comunhão e não acha mais ninguém lá na terra suficientemente santo para também o poder ser. « É a minha cebola» gritam e esperneiam elas.
Neste modo de viver, tudo aquilo que as pessoas fazem inclusivé as coisas que parecem mais generosas e mais santas, fazem centradas em si mesmas, e sempre que alguém faz alguma coisa que não promove o seu ego , essa pessoa é quase odiada. Para esta pessoa que vive neste estádio, todas as outras estão abaixo de si, são mais pequenas do que que ela.
Para ilustrar este primeiro estádio vou contar-vos a história (adaptada de la oracion de la rana) intitulada :
É a minha cebola
Uma velha faleceu e foi levada pelos anjos ao Tribunal. Como não tivesse sido encontrado na sua vida um único acto de caridade, excepto uma vez que dera uma cebola a um homem a morrer de fome, foi naturalmente condenada ao inferno. Todavia, o seu anjo da guarda não se deu por vencido, e argumentando por a+b que um acto de caridade,mesmo que um só, tem um valor infinito,conseguiu de Deus uma excepção única em toda a história da eternidade: que aquela mulher pudesse ser libertada do fogo do inferno e ir para o céu:
-Vai, disse Deus ao anjo , leva essa cebola que ela deu ao faminto, e estende-lhe a rama, de modo que ela se agarre e suba até aqui. É a sua última oportunidade. O anjo assim fez: dirigiu-se, cá de cima, á mulher, e estendeu-lhe a rama da cebola enquanto lhe dizia:" agarra, sobe ,sobe ,trepa depressa..."

A mulher agarrou-se à cebola com afinco e começou a trepar determinada. Mas um assassino, ao lado, ao dar-se conta, agarrou-se aos pés da mulher, e logo um ladrão aos pés do assassino, e logo outro e outros, já perto de uma vintena! Por estranho que pareça, só então a mulher se deu conta.E, pondo-se a espernear e a dar pontapés, gritava:"xô , xô, pra baixo! Esta é a minha cebola; esta é a minha cebola!".
Mas de tal modo abanou e pontapeou, que a rama da cebola quebrou... e ela caiu de novo, agora para sempre, nas profundezas do inferno. E o seu anjo da guarda nada mais pode fazer senão chorar a sorte daquela mulher.

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