O Escorpião
Um
monge sentou-se a meditar na margem dum ribeiro. Quando abriu os
olhos, viu um escorpião que tinha caído na água e lutava por
sobreviver. Cheio de compaixão, o. monge mergulhou a mão na água,
agarrou o escorpião e pô-lo a salvo na margem.
O
insecto, como recompensa, de repente picou-o provocando-lhe uma
grande dor.
O
monge, restabelecido da valente picadela, fechou os olhos e continuou
a sua meditação. Porém, quando abriu os olhos, viu que o escorpião
tinha caído de novo à água do ribeiro e debatia-se com todas as
forças. Encheu-se de compaixão e, pela segunda vez, o salvou. E
desta vez o escorpião voltou a picar no seu salvador.
A
mesma coisa aconteceu pela terceira vez. O escorpião foi salvo e,
como recompensa, deu uma valente picadela no monge. Este tinha
lágrimas nos olhos pela dor causada.
Um
camponês, que tinha assistido à cena, aproximou-se do monge e
perguntou-lhe:
-
Por que é que insistes em ajudar essa miserável criatura que, em
vez de te agradecer, só te faz mal?
O
monge respondeu:
-
Porque seguimos ambos a nossa natureza.
O
escorpião é feito para picar e eu sou feito para ser
misericordioso.
*
* *
Você
que é um ser humano, uma pessoa... a sua natureza impele-o a
fazer o quê?
Não
somos nós seres relacionais e que dialogam com os outros?
Então...por
que não seguimos a nossa natureza e nos transformamos tantas vezes
numa natureza de escorpião?
(histórias
do padre Júlio Grangeia)
Um monge sentou-se a meditar na margem dum ribeiro. Quando abriu os olhos, viu um escorpião que tinha caído na água e lutava por sobreviver. Cheio de compaixão, o. monge mergulhou a mão na água, agarrou o escorpião e pô-lo a salvo na margem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário