Obrigado
Uma professora pediu aos alunos da primeira classe que desenhassem alguma coisa pela qual sentissem desejo de agradecer ao Senhor. Pensou que estas crianças iriam ter uma certa dificuldade em encontrar razões de louvor, pois eram de bairros muito pobres. Mas certamente que iriam encontrar razões para agradecimento.
Uma professora pediu aos alunos da primeira classe que desenhassem alguma coisa pela qual sentissem desejo de agradecer ao Senhor. Pensou que estas crianças iriam ter uma certa dificuldade em encontrar razões de louvor, pois eram de bairros muito pobres. Mas certamente que iriam encontrar razões para agradecimento.
A professora
ficou admirada por ver o Rui a desenhar, de maneira infantil, uma
simples mão.
Pegou no
desenho e perguntou aos alunos o que representaria este desenho
abstracto. Um deles disse:
- Na
minha opinião, é a mão de Deus que nos criou.
Um outro disse:
- Deve ser a
mão de um camponês, que trabalha a terra e dá de comer aos
animais.
Um outro
disse:
-Talvez seja a
sua própria mão.
Quando terminou
o diálogo, a professora aproximou-se do Rui e perguntou-lhe baixinho
de quem era a mão. Ele murmurou:
- É a tua mão,
professora!
Foi então que
ela se recordou que todas as tardes pegava no Rui pela mão e o
acompanhava até à saída. Fazia o mesmo com outras crianças, mas
para o Rui significava muito..
*
* * *
Pois
é, há tantas palavras que dizemos, tantos gestos que mostramos...
que às vezes nem damos conta do mal que fazemos ou do bem que
deixámos por fazer...
Quantas
vezes, por outro lado, beneficiamos da ajuda dos outros, e com a
desculpa que "nós somos assim" e de que ele já sabe,
acabamos muitas vezes por não dizer uma palavra muito simples mas
que pode fazer a diferença...
Por
que não dizemos obrigado a quem é simpatico para connosco; a quem
nos faz bem?
Custa
alguma coisa?
(histórias
do padre Júlio Grangeia)
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